segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O filho pródigo

Uma vez por semana vamos falar sobre as parábolas dos Evangelhos. A de hoje é sobre um jovem que, tendo perdido tudo o que possuía, após ter se afastado do pai, voltou arrependido. O que podemos aprender com esta história?


A parábola do filho pródigo tem muito a nos ensinar. Ela conta a história de um rapaz – caçula de uma família –, que acreditava ter o direito de tomar a parte dele na herança, para viver conforme os próprios desejos. Quando foi embora, fez o que bem pretendia, mas sofreu muito. Um dia, porém, decidiu retornar para casa. Ciente do mal que havia feito a si próprio, arrependeu-se e até ensaiou o que falaria para que o pai o aceitasse de volta (Leia Lucas 15:11-21).

O pai dele, feliz da vida, comemorou a volta do filho com uma grande festa. E não falou nada que pudesse agredi-lo, mas o recebeu com um imenso banquete e enorme alegria. No entanto, o irmão mais velho não aceitou toda aquela recepção e nem ficou feliz com a volta do irmão.

Filhos pródigos hoje

Quantas vezes não nos comportamos assim? Às vezes estamos tão próximos do Pai e ainda assim não conseguimos nos encher do Seu amor. E isso acontece porque nem sempre estar em Sua presença significa que estamos com Ele. A insatisfação em alguns momentos é tão grande que preferimos nos isolar, ir embora e deixar quem realmente pode nos ajudar para trás, por achar que somos simplesmente autossuficientes.

Além do mais, quantas vezes já não partimos para tão distante de Deus que nem percebemos a Sua falta? E em quantos momentos, achando que estamos tão cheios dEle, acreditamos que o que está longe de Sua presença é o mais interessante para aproveitar e viver?

Em muitas ocasiões, caímos em um erro comum: na busca de aventura e diversão, pensamos que podemos preencher um vazio com uma alegria proporcionada pelas ilusões dessa vida.

Contrastes

A parábola do filho pródigo mostra dois extremos; duas reações diferentes que nos fazem entender algumas coisas que passamos quando voltamos para a igreja. A reação do pai foi de total alegria pela volta do filho. Apesar da rebeldia, inconsequência e pecado, o pai se compadeceu do filho e o perdoou de verdade. Já o filho mais velho, aquele que vivia ao lado do pai constantemente, demonstrou egoísmo e amargura com a volta do irmão.

Não é isso o que acontece em muitos casos? Quando regressamos para a presença do nosso Pai, ele se alegra, nos perdoa e nos propõe uma nova vida e um recomeço para uma nova história. Ele arranca as vestes velhas, sujas e rasgadas, tira a imagem de fracasso e nos veste com novas e limpas roupas, nos oferecendo uma nova identidade. Mas, quantos não são os que se dizem nossos irmãos, e que até estão 24 horas com Deus e mesmo assim não se conformam com a nossa volta? Quantos não são aqueles que nos tratam com inferioridade, porque se julgam os verdadeiros merecedores das promessas divinas?

Aprendendo com os erros

Apesar disso, essa história nos ensina que não importa nossos erros. Se abandonamos a Deus algum dia ou se parecemos egoístas quando decidimos ir embora, o Pai está sempre esperando pela nossa volta para nos receber com abraços, carinho e uma grande festa; porque quem estava morto decidiu por reviver.

Além disso, se estamos dispostos a retornar e a regressar para onde jamais deveríamos ter saído, conseguimos enfrentar as adversidades que surgem no caminho de volta. Inclusive, os falatórios, maus olhares e inconformismos de quem não consegue aceitar os que com muita luta retornam para os braços de Deus. Porém, se conseguimos perdoar, tal qual o nosso Pai, ganhamos uma chance maravilhosa de experimentar a mesma alegria que Ele sente ao ver um filho voltando.

Para pensar

Será que pode existir um filho pródigo dentro de nós? E, mesmo que nunca tenhamos saído da presença de Deus, já aconteceu de querermos alguma coisa, a todo custo, no momento em que queremos e não no momento de Deus? Ou será que já fizemos alguma coisa usando a emoção ao invés da razão, para conseguir o que tanto almejamos, e isso nos prejudicou?

Se a resposta foi sim em todas as perguntas, há algo que nos conforta: se percebermos o erro a tempo e conseguirmos repará-lo, decidindo que nunca mais faremos a mesma tolice, seremos considerados como filhos amados e poderemos buscar o perdão do Pai. Porque, com toda a alegria, Ele nos perdoará.

2 comentários:

OBREIROS THIAGO E PATRÍCIA disse...

mensagem forte

valente disse...

Realmente A parábola do filho pródigo tem muito a nos ensinar

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